Há 19 anos, quando Nakarari ainda não era Nakarari, Agostinho Mcerneia pegou numa faca de mato e desbravou o caminho que o levou ao sítio onde hoje vive com a mulher e os sete filhos. Orgulha-se de ter sido o primeiro a chegar à aldeia. De ter sido aquele que chamou os outros. Olha em volta - para as crianças que brincam debaixo da mangueira, para as mulheres sentadas num tapete de palha - e com um sorriso de glória conta como foi: “Dava medo passar aqui. Era só mato, não vivia ninguém. Como fui comandante das milícias [forças armadas, apoiadas pelo Estado, que protegiam as zonas rurais], tinha experiência e consegui. Vi que era uma boa terra, que tinha o rio perto, água para regar as hortas…”